domingo, 16 de março de 2008

Robôs de tecnologia avançada, cheios de recursos e obedientes aos comandos da voz humana são o destaque do Salão Internacional de Robótica e Inteligência Artificial, realizado até domingo em São Paulo. Para conseguir se destacar nesse cenário de primeiro mundo, caracterizado por altos investimentos, os expositores brasileiros apostam em máquinas criativas que devem atrair a atenção dos visitantes e, quem sabe, até de futuros clientes. Veja fotos do evento. José Carlos, responsável pelo Museu do Computador, está atento e, por isso, decidiu mostrar alguns de seus itens no evento. A peça que chama mais atenção é um robô feito de sucata, que responde a impulsos elétricos mexendo os braços e a cabeça. O autômato ganhou pintura metalizada, mas até madeira faz parte de sua estrutura, que também conta com pedaços de computador e uma cabeça de manequim encontrada em um ferro velho. Sucata também é a matéria prima dos robôs da Symphony, empresa que dá cursos de robótica em escolas. Sérgio Costa, diretor da empresa, é um freqüentador de ferros velhos e lojas de produtos baratos -- num desses estabelecimentos, encontrou o açucareiro verde que se transformou na cabeça de um autômato. Segundo Costa, o uso desse tipo de material barateia o custo de produção dos robôs e mostra às pessoas que é possível encontrar alternativas não-convencionais para construi-los. O robô com cabeça de açucareiro, corpo de aspirador e base de enceradeira se locomove para frente, para trás e para os lados, além de acender os olhos e pegar objetos colocados próximos à sua mão. Todos os comandos já estão programados em uma placa presa junto ao corpo da máquina. Esse não é o caso de outro modelo criado pela Symphony, que recebe comandos através do controle remoto de uma televisão antiga. Obediente O ferro velho que constrói máquinas brasileiras passa longe das peças trazidas do exterior para esse evento. O Aibo, por exemplo, é um robô da Sony que deve se consolidar como a grande atração da feira, já que obedece a comandos de voz e parece ter personalidade. “Estou tímido”, diz em inglês o cão robótico quando é convidado a brincar. Ele dança, responde a carinhos feitos em sensores, pega o osso, chora, late e tira fotos que são enviadas a um computador. Xixi, não, ele ainda não faz. Outro destaque high-tech da feira é a Hug T-Shirt (camiseta que abraça), produzida pela empresa Cute Circuit e eleita, em 2006, uma das melhores invenções pela revista “Time”. A camiseta é ligada a um software por meio da tecnologia Bluetooth e, com isso, os usuários da peça podem sentir um “abraço” simulado por alguém em outra parte do mundo.

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